Pintura a óleo sobre tela, datada por volta dos anos 30 do século XVIII, com dimensões de 115 x 222 cm sem moldura e 130 x 240 cm com moldura coeva, representando o Pentecostes em estilo emiliano e, em particular, do pintor Ercole Graziani (Bolonha 1688 – 1765).
Foi aluno de Donato Creti, com quem foi frequentemente confundido, estreando com obras fiéis às idealizações formais do mestre: exemplos desta fase são Lot e suas filhas e Susanna e os anciãos, ambas preservadas na Pinacoteca Nacional de Bolonha. Posteriormente, aproximou-se de Pasinelli, mestre de Creti, com uma produção pictórica derivada de Veronese com interpretações mais sentimentais.
Nos anos 30 do século XVIII, Graziani produziu seus trabalhos mais importantes tanto no gênero sacro (como a Madonna com Menino e Santa Irene, agora em Bruxelas) quanto no profano. Nas décadas seguintes, seguiu-se primeiro uma fase academicizante, como no Batismo de Cristo executado para a Catedral de São Pedro em Bolonha e São Mauro curando os aleijados em San Procolo em Bolonha.
Esta pintura vibrante retrata de forma muito cenográfica o episódio evangélico do Pentecostes, ou seja, a Descida do Espírito Santo ocorrida 50 dias após a ressurreição de Cristo.
A Virgem, com as mãos juntas, está rodeada pelos Apóstolos que assumem atitudes e expressões de espanto ao verem as chamas descerem sobre eles.
A composição, que apresenta todas as características da pintura bolonhesa do início do século XVIII, é particularmente agradável tanto pela notável descrição dos personagens quanto pelas cores esplêndidas.
A pintura em questão é um documento importante da melhor veia de Graziani porque exibe um ímpeto luminístico de brilhante habilidade; isto acontece porque, indubitavelmente, a melhor parte da atividade do nosso pintor é a que se refere à retratística tanto de personagens como de objetos, que levou a cabo com constante empenho, alcançando uma peculiaridade de modos que marca uma fase significativa no desenvolvimento do gênero, com lúcido antecipação da fineza executiva dos neoclássicos, devido também a uma largura de empastes e uma perspicácia de definição que são todas prerrogativas típicas da grande pintura bolonhesa do próprio Ercole.
A tela que aqui estamos observando parece remeter a uma precisão do detalhe típica da cultura figurativa do século XVII, precisamente por um modo de pintar diligente e muito preciso e por uma escrupulosidade cartusiana na representação das figuras retratadas com um forte impacto psicológico e com grande referência aos detalhes dos rostos e das vestimentas dos mesmos.
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Dr. Riccardo Moneghini
Historiador da Arte