Eugenio Pellini Nives Primi 1900, fundição com pátina escura assinada pelo autor E. Pellini (1864-1934) no lado esquerdo da base retangular; na borda frontal, também em letras maiúsculas, encontramos a inscrição Nives, nome da primogênita do casamento de 1903 com Dina Magnani. Em excelente estado de conservação, a escultura data do início do século XX e provém de uma coleção particular milanesa. Apoiada sobre uma base quadrada com uma ligeira reentrância para pequenos objetos na parte frontal, a menina vestida com um avental e uma touca é retratada enquanto observa fixamente um objeto indecifrável que segura nas mãos.
Eugenio Pellini nasceu em 17 de novembro de 1864 em Marchirolo, na época na província de Como (hoje Varese), filho de Andrea e Carolina Pellini. Frequentou o ensino fundamental até a 4ª série; em 1878 mudou-se para Milão com seu irmão Oreste e começou um aprendizado na oficina do marmorista Biganzoli. Em 1888 começou a frequentar a Academia de Brera e criou as primeiras obras significativas, em particular "O limpador de chaminés". Em 10 de novembro de 1891, ganhou o Prêmio Trienal Oggioni, que previa a especialização na Academia de Roma. Eugenio começou, assim, uma longa jornada de arte pela Itália, em um percurso que o levaria a Florença, Roma e Sicília. Mais tarde, em Paris, encontrou a escultura de Medardo Rosso e Rodin, autores que seriam fundamentais para a evolução de seu estilo. Regressou a Milão em 1893 e criou algumas esculturas monumentais, como "O anjo da dor" para o túmulo Macario e o "Cristo no Getsêmani" para o túmulo Lardera. A consagração artística foi completada em 1897 com a vitória no Prêmio Tantardini, no qual propôs a obra "Mãe"; com este grupo escultural foi convidado a representar a escultura lombarda na Exposição Universal de Paris em 1900, onde recebeu outros prêmios. Devido às agitações que afetavam Milão, o escultor refugiou-se em Varese. No início do século XX, regressou a Milão e obteve o cargo de professor na Escola Superior de Artesãos do Castello Sforzesco, atividade que manteve até 1929. Em 1903, encontrou a sua futura esposa, Dina Magnani, modelo na Academia de Brera, com quem teve três filhos: Nives, Eros (futuro escultor) e Silvana. Participou em todas as Bienais de Veneza, a partir de 1905; esteve presente na Secessão Romana, na Trienal de Brera, em numerosas exposições no estrangeiro. Entretanto, a grave doença que já o havia afetado durante a Primeira Guerra Mundial, reacendeu-se por volta de 1925; apesar dos compromissos de trabalho urgentes, ele teve que abandonar suas atividades como artista e professor. Em 28 de maio de 1934, faleceu em Milão, na casa da via Curtatone (hoje via Siracusa); está sepultado no cemitério de Marchirolo.
Período: 1900
Altura: 16,5 cm
Largura: 9,5 cm
Profundidade: 13,5 cm
art. A1176
Medidas A x L x P 16.5 x 9.5 x 13.5