Ambrogio Benzone, ou Ambrosius Benson em flamengo
(Lombardia, c. 1495 – Bruges, 1550)
Oficina/seguidor
Judite Vitoriosa
Óleo sobre tela
97 x 77 cm - Com moldura antiga 114 x 92 cm
Detalhes completos da obra (clique AQUI)
A obra ilustra um fascinante retrato da heroína Judite: sozinha e vitoriosa no centro da pintura, a mulher é retratada sem vestes, mas com preciosos ornamentos e joias, a espada ainda firmemente apertada na mão e a cabeça de Holofernes mostrada na outra.
Tal tema iconográfico foi muito apreciado no período renascentista, especialmente no âmbito nórdico (veja-se a série realizada sobre o tema por Lucas Cranach), pois se prestava ao gosto da época pela representação de paixões fortes, muitas vezes fatais, encarnando ao mesmo tempo grandes valores morais.
Trata-se, em particular, do episódio bíblico da morte do general babilônico Holofernes pela bela e corajosa viúva judia Judite, para libertar o seu povo da dominação estrangeira. O seu astuto plano consiste em fazer-se acolher no acampamento inimigo fingindo querer aliar-se: a inteligência unida à extraordinária beleza servem de passaporte. Após um rico banquete organizado em sua honra, aproveita o sono do tirano extenuado pelo álcool para matá-lo.
Há uma evidente discrasia entre a compostura satisfeita pelo sucesso obtido, a graça e a calma da mulher com a cabeça decepada em primeiro plano: o drama existe, mas é como se fosse posto em segundo plano pelo autor, que preferiu aqui evidenciar a heroína mais do que o fato em si, focando a atenção e o nosso olhar nas virtudes de Judite, que através da sua coragem conseguiu derrotar o mal.
A representação é, portanto, simbólica: apesar do ato atroz que a vê protagonista, Judite encarna grandes valores morais. Apresentada como símbolo de salvação que Deus oferece ao povo hebreu, ascende também a emblema da própria Igreja e do seu papel salvífico, enfatizado pelo branco etéreo da tez, que evoca a pureza.
Segundo a iconografia difundida a norte dos Alpes a partir do século XV, apesar da conduta heroica, a imagem de Judite ao mesmo tempo é frequentemente associada à da mera sedutora. Percebemos isso pelas transparências e pela escolha de retratá-la sem vestes, pelo colar precioso colocado propositadamente entre os seios: no texto bíblico é de fato sublinhada a beleza de Judite como elemento determinante para o sucesso da empreitada, acompanhada por outras qualidades de inteligência e sabedoria.
Merecem menção os detalhes com que são representadas as joias que usa, que realçam a sua beleza, como a corrente de joias que serve para sustentar o manto recoberto de pedras preciosas e pérolas, assim como a tiara que lhe cinge os cabelos, as pulseiras e também o punho da espada, finalizado com cabeças antropomórficas.
A pintura, cronologicamente situável em torno ao final do século XVI, com as cores decididas e os claro-escuros capazes de enfatizar a força plástica e expressiva, apresenta as mais típicas sugestões de matriz flamenga, com um gosto ainda inclinado ao maneirismo, e uma excelente qualidade pictórica.
Trata-se precisamente de uma obra que evidencia evidentes analogias com o estilo de Ambrosius Benson (Lombardia, c. 1495; Bruges, 1550); artista de origens italianas, precisamente lombardas, em 1519 registado na corporação dos pintores de Bruges, e que portanto pode ser atribuída a um aluno da sua oficina ou a um seu seguidor.
A imagem encontra confronto com uma tábua (cm. 89 x 70) pertencente à Alte Pinakothek de Munique e datada pela crítica ao segundo quarto do século XVI, obra realizada em torno a 1525/50 por um seguidor de Benson **
**Ambrosius Benson (seguidor) (1495-1550) - Judite com a cabeça de Holofernes
Segundo quarto do século XVI - madeira de carvalho, 88,7 x 69,5 cm
Alte Pinakothek de Munique
URL: https://www.sammlung.pinakothek.de/de/artwork/A9xlyPzLWv
INFORMAÇÕES SUPLEMENTARES:
A pintura é vendida completa com uma agradável moldura antiga e é acompanhada de certificado de autenticidade e ficha iconográfica descritiva.
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