Pintura a óleo sobre tela, com dimensões de 74 x 108 cm sem moldura e 93 x 125 cm com uma maravilhosa moldura coeva, representando uma natureza em "pose" com flores, frutas e cogumelos do pintor Nicola Casissa (Nápoles 1680 – 1731).
Esta brilhante natureza morta em pose demonstra a riqueza e o caráter cenográfico que imagens semelhantes alcançaram em Nápoles no final do barroco: sabemos pelos inventários como o gênero da natureza morta atingiu picos inatingíveis.
Esta tela delicada, de requintada fatura e apreciável pelo ótimo estado de conservação, mostra-nos influências marcantes da obra de Andrea Belvedere, ou seja, aquele que transporta as invenções de Brueghel para o século XVIII napolitano, conferindo às suas composições um brilho e uma leveza ainda não vistos.
As diferenças do Belvedere e de todo o século XVII com esta tela são a colocação em cascata do bouquet floral, na paleta iluminada e nas pinceladas fraturadas que formam as pétalas das hortênsias brancas no meio da tela; aqui estamos a assistir a uma evolução em relação ao naturalismo dos autores precedentes, onde os vários elementos emergiam de um fundo escuro com uma luz cortante que torneava os volumes da fruta ou das flores.
Encontramos na nossa tela uma complexidade maior, ou seja, uma paisagem no fundo e um vaso de cobre de onde caem as flores, à esquerda encontramos um melão, pêssegos e pequenos cogumelos porcini.
Estudando a forma de compor a tela, de usar cores tão delicadas e vivas e a poética figurativa do conjunto, não podemos deixar de mencionar o nome do talentoso pintor Nicola Casissa (1680 – 1731).
Olhando para esta extraordinária obra, só podemos vislumbrar uma composição en plein air compacta e densa, onde o pincel do nosso artista se torna mais rápido, mas sempre descritivo, com um intenso dinamismo que parece animar a própria composição com um forte sentido de decorativismo e de fausto com tons cambiantes de vermelho, azul, branco verdadeiramente bem-sucedidos e energéticos.
Analisando a paleta clara, o uso sofisticado da luz que serpeia crepitante entre pétalas e caules, a frivolidade toda rococó da representação, só posso pensar numa datação bastante precoce desta obra na atividade de Casissa, portanto por volta de 1700 ou nos primeiros anos seguintes.
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Dr. Riccardo Moneghini
Historiador da Arte