"O BAÚ DE DANTE"
GRANDE BAÚ FEUDAL DE CASTELO DO FINAL DO SÉCULO XIII
OBRA-PRIMA ÚNICA DE MUSEU INTERNACIONAL
O BAÚ DE DANTE
"EXTRAORDINÁRIO BAÚ FEUDAL DE CASTELO DO FINAL DO SÉCULO XIII" - Séc. XIII
OBRA-PRIMA ÚNICA NO MUNDO
Descrição e notas históricas
Em madeira maciça de nogueira, entalhada e esculpida. Ferragens originais da época. Toda a parte frontal é profundamente entalhada e emoldurada em ambos os lados por "canos de órgão" (entalhes retos verticais) que simbolizam a união entre o homem e a mulher. Estado de conservação, originalidade e autenticidade excepcionais.
O móvel, certamente nupcial, representa um raríssimo exemplo de manufatura de madeira medieval de origem feudal e é atribuível, como época de construção, às duas últimas décadas de 1200 (séc. XIII).
A função do móvel era principalmente a de conter enxovais de casamento e roupa de cama de valor, uma alternativa mais protegida do que os nichos nas paredes que, naqueles tempos, eram prevalentemente utilizados para guardar objetos, móveis e roupa de cama. Isso demonstra como móveis com essas linhas arquitetônicas em forma de paralelepípedo retângulo representam, em absoluto, a primogenitura dos manufaturados de madeira de todas as épocas. Eram denominados também "cofres de dote" quando traziam entalhados, como no nosso caso, os brasões de duas famílias que estavam para contrair (ou haviam contraído) matrimônio.
Uma tradição oral secular acompanhou até os nossos dias a história deste antiquíssimo baú. Ele milagrosamente ultrapassou as barreiras do tempo, tornando-se, assim, testemunho histórico de épocas remotas.
A tradição faz presumir que foi construído por ocasião do noivado, ocorrido após 1288, entre Malatestino Malatesta, chamado Tino (primogênito em segundas núpcias de Giovanni, chamado Gianciotto Malatesta, e de Ginevra, filha de Tibaldello dei Zambrasi, chamada Zambrasina) e Agnese dei Duchi di Montefeltro. Gianciotto Malatesta mandou matar Paolo e Francesca e foi definido em 1373 por Benvenuto Rambaldi da Imola (primeiro comentador crítico da Divina Comédia dantesca) como "homem de corpo disforme, mas de alma corajosa e feroz (audax et ferox)".
No centro da frente está entalhado o brasão antigo dos Malatesta (ou Malatesti) com as três cabeças de mouros que são para serem reconectadas à iconografia histórica desta celebérrima família feudal riminesa que se considerava descendente direta do famoso condottiero Cipião, o Africano. O brasão arcaico dos Malatesta, ainda visível em alguns bancos da Biblioteca Malatestiana de Cesena, era constituído por um escudo no qual se exibiam, sobre fundo verde, três cabeças de tipologia camítica ou mourisca, em alguns casos singularmente e em outros duplicadas e contrapostas. Sobre dois arcos de portais em pedra do que resta da rocha malatestiana de Fossombrone (próximo a Pesaro-Urbino) está esculpido o brasão dos Malatesta, que se apossaram do castelo no início do século XIV, com o escudo em que estão encerradas as três cabeças mouriscas representadas em nosso baú.
No início do século XV, o brasão malatestiano foi modificado naquele universalmente conhecido do elefante com a rosa.
A tradicional origem dos Malatesta do citado Cipião, o Africano, justifica plenamente a utilização no baú de alguns adornos e simbolismos de origem e tipologia mourisca os quais, unidos a uma evidente similitude na técnica de entalhe, aproxima o baú à célebre "caixa de Terracina" (hoje conservada no museu de Palazzo Venezia em Roma) datada do século XII e considerada o primeiro exemplo absoluto de "móvel itálico".
Aos dois lados do brasão malatestiano encontramos entalhadas as águias bicéfalas que representam o brasão dos Duques de Montefeltro, outra família feudal de notável tradição e importância histórica.
Além desses brasões, facilmente identificáveis, na frente do baú vemos representados, para simbolizar força, belicosidade e poder, o minotauro com a espada desembainhada e a águia acima do cavalo. Esses símbolos de domínio estão encerrados entre arcos entalhados à semelhança da já citada "caixa de Terracina".
Após alternadas vicissitudes, o baú chega à Romagna ravennate no séquito de várias famílias feudais, frequentemente em luta entre si, mas, em alguns casos, também aliadas com os vizinhos povos da Toscana para combater invasores distantes.
Em época sucessiva à batalha de Zagonara (julho de 1424) próximo a Lugo di Romagna, que viu Carlo dei Malatesta com outros romagnoli aliados dos florentinos contra os milaneses, o baú chega a uma família de origem feudal que habitava um território da chamada "Romagna-Toscana" entre Casola Valsenio e Brisighella. São os belicosos Ceroni, representantes daquela "gens Ceronia" que edificou no século XIV uma casa-torre fortificada em Ceruno, próximo a Casola Valsenio, ainda visível, embora fortemente remodelada.
A partir daquele momento, o móvel não sairá mais do território romagnolo e chegará até nós com sua carga de memórias ligadas a ásperas e antigas vicissitudes.
Este verdadeiro "incunábulo" da marcenaria itálica representa, portanto, um "pedaço de história" milagrosamente sobrevivido até os nossos dias.
DANTE ALIGHIERI, de quem se comemora este ano (2021) o Sétimo Centenário da morte, estava VIVO quando este incrível móvel foi construído!
Manufaturado de madeira único no mundo de valor museológico.
Medidas: Altura cm. 62,0 Largura cm. 165,0 Profundidade cm. 65,0
Emilia Romagna - Final de 1200 (Séc XIII)
NEGOCIAÇÃO ABSOLUTAMENTE RESERVADA - OBRA PARA GRANDE INVESTIMENTO
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